
O conflito entre Israel e Irã entrou no sexto dia com bombardeios, ameaças e pressão dos Estados Unidos. Até agora, a Casa Branca tem negado a participação de Washington nos ataques, mas a postura de Donald Trump indica o contrário.
Em mais um dia de bombardeios intensos, explosões foram ouvidas em Teerã. Muitos moradores já começaram a deixar a capital iraniana, mas outros dizem que não têm para onde ir. O governo iraniano afirma que 224 pessoas morreram vítima dos bombardeios até agora, mas organizações humanitárias falam que a quantidade de mortos pode chegar ao dobro dos números oficiais. O Ministério de Relações Exteriores do país acusa Israel de atacar áreas residenciais e hospitais.
Em Israel, segundo o governo, 24 pessoas morreram e outras 600 ficaram feridas. O governo do Irã pediu que moradores das cidades de Tel Aviv e Haifa saiam de casa e ameaçou uma operação punitiva.
Estados Unidos aumentam tensão
Na diplomacia, apesar dos pedidos de desescalada, as tensões aumentaram após declarações do presidente norte-americano, Donald Trump. Ele escreveu que os Estados Unidos não pretendem matar o líder supremo do Irã, o ayatollah Ali Khamenei, mas completou: "Ao menos por enquanto". Trump também usou a palavra nós para se referir a ações de guerra e disse: "Nossa paciência está se esgotando”. Além disso, os Estados Unidos enviaram mais aviões caça para as bases no Oriente Médio, mas, segundo a Casa Branca, eles devem ser usados apenas para suporte na defesa de Israel.
Já a Rússia, que se ofereceu como negociador para um acordo de cessar-fogo, afirmou hoje (17) que vê o conflito em escalada galopante, mas que Israel não quer esforços de mediação. O presidente da Turquia, Tayyip Erdoğan, disse que Israel destrói Gaza com apoio ilimitado do ocidente e ameaça todos os países da região.
*Com informações da agência Reuters
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