Belo Horizonte decreta emergência por aumento de doenças respiratórias

A Prefeitura de Belo Horizonte decretou situação de emergência por 180 dias devido ao aumento expressivo dos casos de doenças respiratórias. A medida permite ações emergenciais como reforço na contratação de profissionais de saúde, ampliação do horário de atendimento nas unidades, abertura de novos serviços e agilidade na compra de insumos e medicamentos. O decreto também facilita o repasse de recursos pelos governos federal e estadual.

O município já havia colocado em prática o Plano de Enfrentamento das Doenças Respiratórias, que prevê ações graduais conforme a evolução dos casos. Entre as medidas já adotadas estão a abertura de 30 novos leitos de enfermaria pediátrica, além do reforço no número de pediatras nas Unidades de Pronto Atendimento.

A procura por internações hospitalares, especialmente de crianças, também disparou. Para bebês de até um ano, os pedidos saltaram de 69 na última semana de março para 196 na semana equivalente de abril. Entre crianças de 1 a 4 anos, o número passou de 50 para 82 solicitações no mesmo comparativo.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que segue monitorando o cenário e pode adotar novas medidas, como ampliar horários das unidades de saúde e abrir mais leitos, caso a situação se agrave.

Além das medidas emergenciais, a prefeitura ampliou a vacinação contra a gripe para toda a população a partir dos 6 meses de idade. As doses estão disponíveis nos 153 centros de saúde, no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante e em postos extras. Apesar da ampliação, a cobertura vacinal entre crianças ainda é baixa — pouco mais de 13 mil foram vacinadas entre as mais de 155 mil esperadas.