Estados Unidos aplicam sanções a Moraes por meio da Lei Magnitsky

Os Estados Unidos anunciaram, nesta quarta-feira (30), a aplicação de sanções, por meio da Lei Magnitsky, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Essa é mais uma ação do governo norte-americano contra o magistrado, após a revogação do visto do ministro em 18 de julho. A Lei Magnitsky permite que os Estados Unidos imponham sanções fora da jurisdição americana contra pessoas ou instituições que sejam acusadas de corrupção ou que tenham desrespeitado direitos humanos

InternacionalRádio Agência Nacionalem 30 de Julho, 2025 16h07m

Os Estados Unidos anunciaram, nesta quarta-feira (30), a aplicação de sanções, por meio da Lei Magnitsky, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Essa é mais uma ação do governo norte-americano contra o magistrado, após a revogação do visto do ministro em 18 de julho.

A Lei Magnitsky permite que os Estados Unidos imponham sanções fora da jurisdição americana contra pessoas ou instituições que sejam acusadas de corrupção ou que tenham desrespeitado direitos humanos. A acusação contra Moraes é que ele desrespeitou a liberdade de expressão na condução das ações sobre a tentativa de golpe de estado no Brasil.

Segundo o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, Moraes teria como alvo, entre outros, políticos da oposição no Brasil, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, e plataformas de rede social dos Estados Unidos.

De acordo com a nota, se Alexandre de Moraes tiver bens ou empresas nos Estados Unidos, eles serão congelados. Instituições que permitirem transações financeiras em nome do ministro também podem ser sancionadas.

Caso é grave

O advogado e mestre em direito penal pela Universidade de Harvard Bernardo Weaver, que trabalhou com sanções em Washington, diz que o caso é grave. Um banco brasileiro que não obedeça à decisão pode ser excluído do sistema de compensação financeira internacional, o que impossibilita transações com outros países.

“Eu desconheço instituições financeiras que tenham ido de encontro às sanções do Departamento do Tesouro. E, se esse for o caso, a gente vai estar arriscando uma crise financeira no Brasil”, destacou o advogado.

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A proibição pode impedir, inclusive, o ministro de ter acesso ao salário no banco.

“Uma pessoa sancionada pelo Departamento do Tesouro Americano conseguiria realizar transações. Existem duas mais práticas: uma é em Bitcoin, e a outra é em espécie.”

Segundo Bernardo Weaver, o ministro pode entrar com uma ação nos Estados Unidos para tentar reverter a sanção. Outra saída é o Brasil buscar uma negociação por via diplomática.

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