Chefe da AIEA diz não ter provas de que Irã fabrica bomba atômica

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, o argentino Rafael Mariano Grossi, disse que não há provas que confirmem que o Irã está construindo uma bomba atômica. Em entrevista para CNN dos Estados Unidos, na terça-feira (17), a autoridade não soube estabelecer quanto tempo levaria para que o Irã pudesse construir uma bomba. Notícias relacionadas: Israel ataca usina nuclear do Irã; míssil atinge hospital israelense. Chefe da AIEA diz que não tem prova de armas nucleares do Irã

InternacionalRádio Agência Nacionalem 19 de Junho, 2025 19h06m

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, o argentino Rafael Mariano Grossi, disse que não há provas que confirmem que o Irã está construindo uma bomba atômica.

Em entrevista para CNN dos Estados Unidos, na terça-feira (17), a autoridade não soube estabelecer quanto tempo levaria para que o Irã pudesse construir uma bomba.

O comentário foi criticado pelo Irã, que acusa a direção da Agência Internacional de Energia Atômica de manipular as resoluções aprovadas para justificar a agressão de Israel e os Estados Unidos contra Teerã.

A resolução da Agência, publicada na véspera do ataque israelense ao Irã, indicava preocupação de que Teerã pudesse enriquecer urânio acima do limite de 60%. Para se construir uma arma nuclear, é preciso que o enriquecimento do metal radioativo chegue a 90%.

Pelas redes sociais, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmaiel Baqaei, disse que Grossi manchou o trabalho da Agência Internacional e prejudicou os países signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

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Israel é único país do oriente médio que não aderiu ao Tratado de Não proliferação e não tem seu arsenal inspecionado pela comunidade internacional. Seu arsenal nuclear é estimado em mais de 90 bombas.

O Irã nega que busca desenvolver armas nucleares e sustenta que seu programa é pacífico. Até a última semana, o país negociava com os Estados Unidos limitações do desenvolvimento da tecnologia nuclear para a suspensão de embargos econômicos.

*Com reportagem de Lucas Por Deus Leon, da Agência Brasil.

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